Resenha: O Começo de Tudo - Robyn Schneider



     •Ficha Técnica
Título: O Começo de Tudo
Titulo Original: The Beginning of Everything
Autor: Robyn Schneider
Editora: NOVO CONCEITO
Número de páginas: 288
Gênero: Drama; Young Adult; Literatura Estrangeira.

Sinopse: O garoto de ouro Ezra Faulkner acredita que todo mundo tem uma tragédia esperando ali na esquina – um encontro fatal depois do qual tudo o que realmente importa vai acontecer. Sua tragédia particular esperou até que ele estivesse preparado para perder tudo de uma vez: em uma noite espetacular, um motorista imprudente acabou com a perna de Ezra, com sua carreira no esporte e com sua vida social.
Depois que perdeu o favoritismo ao posto de rei do baile, Ezra agora almoça na mesa dos losers, onde conhece Cassidy Thorpe. Cassidy é diferente de qualquer pessoa que Ezra tenha encontrado antes – melancólica e com uma inteligência mordaz.
Juntos, Ezra e Cassidy descobrem flash mobs, tesouros enterrados e um poodle que talvez seja a reencarnação do Grande Gatsby. À medida que Ezra mergulha nos novos estudos, nas novas amizades e no novo amor, aprende que algumas pessoas, assim como os livros, são difíceis de interpretar. Agora, ele precisa considerar: se uma tragédia já o atingiu, o que poderá acontecer se houver mais infortúnios?
O Começo de Tudo é um livro poético, inteligente e de cortar o coração sobre a dificuldade de ser o que as pessoas esperam, e sobre começos que podem nascer de finais trágicos.




       O Começo de tudo é um livro bem estilo John Green, a verdade é essa.
     
       Fala sobre um personagem que tem um dilema, que divide esse dilema com os amigos, enquanto se apaixona e se isola do mundo em casa. Como eu disse, bem John Green.

        E como eu adoro os livros de John Green, amei O Começo de Tudo. Ele já te conquista desde o inicio.

          É incrível como assim do mesmo jeito que acontece na historia do Ezra, acontece também na nossa vida. Estamos a mercê de uma tragédia a cada dia, e essa tragédia nos mostra quem são os verdadeiros amigos que estão do nosso lado.

         Para Ezra, cada um tinha sua tragédia. A dele começou quando descobriu sua namorada o traindo, e só piorou em um acidente de carro no qual atropelou tudo que ele tinha, o sonho de ser jogador de Tênis profissional, o rei do baile, o presidente do grêmio estudantil e tudo mais.

   
    "Ainda acho que a vida - independentemente do quão comum seja - de qualquer pessoa tem um ponto trágico e único, depois do qual tudo o que é realmente importante vai acontecer. Esse momento representa o catalisador, o primeiro passo da equação. Mas conhecê-lo não leva a nada, pois o resultado é determinado por aquilo que vem depois."
       
 Depois de perder os seus antigos "amigos", Ezra voltou a falar com seu amigo de infância, Toby e andar com os losers. Mas ele descobriu que os losers com certeza apoiariam ele se caso houvesse outra tragédia.

          E para piorar(ou melhorar?) a vida de Ezra, ele se apaixona por Cassidy Thorpe. Uma menina diferente de todas aquelas do colégio. Uma menina melancólica e misteriosa. 

          É um livro muito bom, super engraçado. É um livro que mostra a realidade do que uma tragédia pode fazer com você. É interessante como tudo isso vai sendo narrado pelo Ezra mas não de uma forma triste, sem emoção. Mesmo com sua grande tragédia, Ezra acaba tendo felicidade. Uma felicidade até mais real do que a que ele tinha antes da tragédia.

        É cheio de referências nerds, toques de humor sujo e não tão sujo assim. Eu amei o Toby, sério! Melhor personagem secundário. Ele dava graça e ao mesmo tempo estabilidade na história. 

    "-Puxa, cara, isso dói - Toby acrescentou. Para minha surpresa, parecia que ele controlava o riso. -Eu não sou gay. Quero dizer, acho que sou, mas vou descobrir na faculdade. A gente tem de ter certeza para sair do armário na escola. E eu sou irremediavelmente solteiro, nunca beijei, nenhuma perspectiva no horizonte, sempre namorando minha mão esquerda e uma pilha de DVDs de hentai."

      Amei o estilo de escrita da Robyn, realmente ela tem semelhança com o Green, mas ela tem uma característica própria que é a indeterminação, que é a dúvida sobre os fins dos personagens. Ela mostra o amadurecimento do personagem, mas nunca revela o fim dele.

       "A verdade de tudo é que, durante toda a minha vida, eu vinha perseguindo a experiência errada, e, embora Cassidy tenha sido a primeira pessoa a se dar conta disso, ela não incorporou os elementos que me permitiriam prosseguir por um caminho diferente. Ela acendeu uma fagulha, talvez, ou assoprou a chama, mas o incêndio era meu. Oscar Wilde disse certa vez que viver é a coisa mais rara do mundo, porque a maioria das pessoas apenas existe, e isso é tudo. Não sei se ele tem razão, mas sei que passei um longo tempo existindo, e, agora, eu pretendo viver."
       

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