Resenha: Naomi & Ely e a lista do não beijo -David Levithan


Ficha Técnica

Título: Naomi & Ely e a lista do não beijo
Título Original: Naomi and Ely’s no kiss list
Autores: David Levithan e Rachel Cohn
Editora: Galera Record
N° de páginas: 254 
Gênero: Romance

Sinopse: A quintessência menina-gosta-de-menino-que-gosta-de-meninos. Uma análise bem-humorada sobre relacionamentos. Naomi e Ely são amigos inseparáveis desde pequenos. Naomi ama Ely e está apaixonada por ele. Já o garoto, ama a amiga, mas prefere estar apaixonado, bem, por garotos. Para preservar a amizade, criam a lista do não beijo — a relação de caras que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma. A lista do não beijo protege a amizade e assegura que nada vá abalar as estruturas da fundação Naomi & Ely. Até que... Ely beija o namorado de Naomi. E quando há amor, amizade e traição envolvidos, a reconciliação pode ser dolorosa e, claro, muito dramática.

Olha, devo dizer que tive dificuldade para ler no início, porque o livro possui muitos símbolos para substituir palavras, mas aos poucos fui conseguindo entender o que cada um significava.

É interessante como Naomi consegue se apaixonar e ao mesmo tempo sempre nutriu esse amor por Ely, mesmo sabendo que ele era gay. Ela sempre foi a garota que todos os caras queriam ter, em que aonde ela chegava, ela teria todos os homens aos seus pés, porém esse amor por Ely nunca a impediu de se relacionar com ninguém, ela tinha seus namoricos de  “curta duração”, porque por mais que ela tentasse, ela não conseguia o esquecer, sempre acreditando fielmente que eles iriam se casar um dia. Ely é simplesmente a versão masculina de Naomi, ok, não tão masculino, em algumas partes dá pra ver claramente que se eles tivessem algo, a Naomi seria a ativa da relação, ele é o tipo de cara todo gostoso, não gostoso no sentido “musculoso”, mas de ser bonito realmente, no cabelo, nos olhos, em tudo seu, ele sim ficava com os garotos por ficar realmente, sem se preocupar realmente com os sentimentos de ninguém.

A lista do não beijo teria dado certo se Ely não tivesse beijado Bruce, o segundo (atual mas não atual namorado da Naomi), porque Naomi não esperava, realmente não esperava que a pessoa que ela mais amasse nesse mundo, pudesse trair ela dessa forma, e é assim que começa a trama do livro.

Criou- se um muro entre Naomi e Ely, o livro começa a retratar como se torna a vida de cada um deles, sem o outro, só que eles sentem muita saudade disso, praticamente eles faziam tudo juntos e agora, cada um por si. Eles tentam tocar a vida deles em frente, porém sempre parece que o fantasma do outro vem assombrar, fazendo-os lembrar de como era antes e o que o outro faria ou dizia se estivesse ali.

“A amizade é tão amor quanto qualquer romance. E, como qualquer amor, é difícil, traiçoeira e confusa. Mas assim que nossos joelhos se tocam, não há mais nada a se desejar nesse mundo”.

Creio que de todos os livros do David Levithan que eu li, esse talvez tenha sido o que mais se aproximou da realidade, usando lugares que realmente existem e tudo mais, sempre com um toque Levithan de ver o mundo. Sem aquele mundo realmente utópico dele, onde a filosofia do amor puro e incondicional prevalecia, porque dessa vez, o seu foco foi a amizade, que de certa forma, não deixa de ser uma forma de amor.

-Leo Austin, colunista honorário.

0 comentários:

Postar um comentário